sábado, 18 de outubro de 2014
Por incrível que pareça, a escravidão ainda é algo bem presente em nossos dias. São muitas as pessoas que trabalham sob o regime da escravidão em várias partes do mundo. Imagino que o pensamento mais frequente na mente de uma pessoa escrava, é o de tornar-se livre.
Existem pessoas que embora não trabalhem com escravas, no entanto, experimentam um outro tipo de escravidão. Muitas pessoas estão escravas do pecado em suas múltiplas formas. Pessoas são escravas dos vários tipos de vícios. Pessoas são escravas da amargura, da ira e do ressentimento. Pessoas são escravas da inveja e da cobiça. Pessoas são escravas de um passado marcado por dores, sofrimentos e abusos. Penso que também estas pessoas desejam ardentemente se verem livres destas coisas.
A história de Onésimo é muito interessante. Não temos tantas informações, mas o que temos nos permite entender um pouco do que aconteceu com aquele homem. Onésimo era escravo de Filemon. Na ânsia de alcançar a liberdade, foge, se rebelando contra a autoridade de seu dono. Onsésimo queria a liberdade e pensava que fugindo poderia alcança-la. Todo fugitivo, na verdade, acaba ser tornando ainda mais escravo. Ele se torna, por exemplo, escravo do medo. O medo de alguém reconhecê-lo e denunciá-lo. Esta deve ser uma situação bem complicada: viver fugindo sempre e com medo da própria sombra.
No entanto, num desses movimentos extraordinários da providência divina, Onésimo ouve a mensagem do evangelho e se converte. No momento de sua conversão, ele compreende claramente que agora sim estava completamente livre. Embora ainda pertencesse a Filemon, ele agora era um salvo por Jesus Cristo. Assim, quando Paulo o orienta a voltar para casa de Filemon, ele atende sem temor.
O temor foi dissipado pela consciência de que em Cristo Jesus havia alcançado a liberdade plena de todos os sentimentos negativos que carregava dentro de si. Fora liberto do espírito de rebeldia e insubmissão. Fora liberto do medo. Não teria mais que ficar se escondendo. A vida agora ganhava um novo sentido.
Muitas pessoas, assim como Onésimo, têm saído de casa, achando que assim conseguirão ter liberdade plena. Às vezes é o marido que sai de casa em busca de liberdade. Às vezes é a esposa. Às vezes são os filhos que pensam que a liberdade é alcançada nas aventuras da vida. Às vezes são pessoas que se afastam do convívo da igreja desejando dar asas aos seus desejos carnais, achando que isto é liberdade.
A liberdade plena só é encontrada na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Aceitar a Cristo como Senhor e Salvador é a única forma de alguém alcançar a liberdade plena. Todo o resto será apenas mais uma frustrada tentativa.
“Por isso, mesmo tendo em Cristo plena liberdade para mandar que você cumpra o seu dever, prefiro fazer um apelo com base no amor. Eu, Paulo, já velho, e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, apelo em favor de meu filho Onésimo, que gerei enquanto estava preso. Ele antes lhe era inútil, mas agora é útil, tanto para você quanto para mim” (Filemon 8-11).
Pr Cleber Machado
Pastor de Ensino da Pibflorida
